por Diego Bricidio Santos
Ciências Biológicas - 1º semestre
Da morte à Nárnia
Era uma manhã de sábado ou domingo, os anos decorridos me fizeram esquecer, mas, me lembro que chovia, que como eu, o céu também chorava.
Enquanto as outras crianças aproveitavam as férias escolares inundando meu quarto com seus gritos e risos vindos da rua, eu me recolhia sob meus lençóis ainda tentando compreender a recente morte do meu avô.
No alto dos meus 13 anos de idade, eu tinha mais perguntas do que respostas e toda a saudade e indignação que sucederam o falecimento do meu avô só me tornou uma vítima impotente dessa caça por respostas.
Ao contrário do que poderiam supor, o tempo nem sequer amenizou a dor da saudade e cada dia mais eu me enterrava em tristeza. E foi por não mais suportar ver-me trancado em meu quarto, constantemente escuro, que minha mãe resolveu me “transportar” dessa situação, e o meio de transporte me foi apresentado na forma de um livro preto com um imponente leão dourado na capa “As crônicas de Nárnia”.
Repentinamente, me vi sendo transportado para uma terra distante, cheia de aventuras e batalhas, reis e até animais falantes.
E isso não é sobre ter esquecido a morte de meu avô, mas antes é sobre a expectativa de reencontrá-lo na frente de uma batalha ou acariciando um elfo falante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário